Ver, compreender e sonhar: Desvelando a Paisagem da Região Noroeste de São Paulo

O projeto é desenvolvido no âmbito da linha de pesquisa “Modos de apropriação e percepção dos espaços livres na cidade: a experiência da paisagem urbana e o diálogo dos afetos entre a sociedade e seu espaço de vida” do Grupo de Pesquisa do Laboratório da Paisagem – LAPaisa, sob a orientação dos professores Hulda Wehmann, Larissa Soares, Letícia Peruchi e Geraldo Moura. Para entender como as crianças compreendem o contexto urbano em que se desenvolvem, o projeto trabalha em parceria com escolas, totalizando até agora 04 instituições parceiras: CCA Arte na Rua e EMEF Jardim Damasceno I, no Distrito de Brasilândia, CEI Indir Parque São Domingos, no Distrito de São Domingos, e o CIEJA Perus, no distrito de Perus. As oficinas realizadas com alunos e professoras das instituições parceiras são conduzidas a partir de uma discussão sobre os interesses da pesquisa e das escolas – qual o conhecimento desejado pelos educadores e de que forma pode ajudar a compreender a questão orientadora da pesquisa. Em algumas oficinas, as oficinas envolveram a coleta de percepções (“Ver”) sobre o contexto próximo às escolas, em percursos através de espaços livres e com a utilização de cadernos de campo. Em outras, discussões sobre as vivências nos espaços disponíveis para o uso das crianças e sua localização na cidade (“Compreender”) e a proposição de espaços desejados, com a utilização de maquetes e desenhos (“Sonhar”). As oficinas realizadas na CEI, com crianças entre 01 e 04 anos, têm um destaque especial, pela faixa etária envolvida. Nesta, a proposiçao de um parque sonoro, demanda da coordenação da creche, demandou a pesquisa e desenvolvimento de métodos específicos para o entendimento da participação das crianças, e ainda está em andamento.
Histórico do local do projeto:
A região Noroeste de São Paulo é uma região de muitas peculiaridades. Ao mesmo tempo que se destaca pela fragilidade sócio – ambiental, com grande densidade de população, carência de equipamentos públicos, e pela grande concentração de favelas, é palco de luta de movimentos sociais e coletivos culturais, que acrescentam às lutas por objetivos concretos, como moradia e acesso à serviços urbanos, as demandas mais sensíveis por requalificação ambiental de sua paisagem natural e cultural.
Principais resultados:
Os resultados esperados baseiam-se no entendimento da criança e do jovem como sujeitos transformadores da realidade, cuja percepção e compreensão de mundo permitem enriquecer o processo projetual participativo e seus resultados; ainda, o impacto da criança sobre seu núcleo familiar deve ser considerado, possibilitando um maior alcance da comunidade em que se vai atuar. Assim, compreende-se que as ações propostas apresentação resultados diretos, a curto prazo, e impactos indiretos, a médio e longo prazo. Os resultados diretos, de curto prazo, atingem aos atores diretamente envolvidos nas oficinas, professores, alunos e familiares de alunos. Através do processo de formação participante, o público das oficinas produz juntamente com os pesquisadores um conjunto de dados quantitativos e qualitativos sobre a região, a ser sistematizado e devolvido à comunidade escolar como produtos impressos, que poderiam basear as atividades escolares dos próximos períodos letivos. Os impactos indiretos, de médio e longo prazo, dizem respeito ao papel dos participantes como multiplicadores da experiência. Experiências anteriores na área são relatadas pelos alunos como uma das mais marcantes em áreas de natureza. É com base na observação do poder de impacto e difusão destes exemplos que se prevê resultados duradouros e prolongados de mais um envolvimento da comunidade acadêmica na região.
Dificuldades enfrentadas:
A compatibilização de tempos entre o calendário do projeto e da comunidade escolar; o desenvolvimento de propostas conjuntas, de interesse para todos, a fim de evitar a sensação de “ratinhos de laboratório”; o desenvolvimento de métodos de compreensão das contribuições das faixas etárias de 01 a 04 anos.
Entidade responsável: 
Laboratório de Pesquisa da Paisagem – LaPaisa – Uni Anhembi Morumbi.
Autor(es) do projeto: 
Este campo deverá ser preenchido quando os autores do projeto são contratados (por exemplo: Peabiru TCA) pela entidade responsável (por exemplo: UMM). Caso os autores sejam também os responsáveis pelo projeto, excluir este campo.
Data de início do projeto: 
2018
Data de término do projeto: 
2019
Agentes envolvidos no projeto: 
Indefinido
Família beneficiadas:
65
Recurso de programa público:
Não
Financiamento privado:
Não
Renda familiar:
Indefinido
Organização coletiva das famílias:
Não
Reconhecem lideranças locais:
Não
Fazem assembléia:
Oficinas periódicas na escola

 

FASES E AÇÕES
FASE PROCESSO SIM NÃO PARCIAL SEM DADOS NÃO SE APLICA
MOBILIZAR A maioria das famílias se mobilizou? X
Houve apoio de movimento de moradia para a mobilização ou associação? X
Houve apoio da assessoria técnica para a mobilização? X
VIABILIZAR As famílias participaram do processo dos estudos iniciais do projeto? X
E nas reuniões com o poder público? X
PROJETAR O projeto final foi realizado de forma participativa com as famílias? X
A linguagem do projeto era de fácil compressão? X
CONSTRUIR As famílias participaram do período de construção? X
Foi autogestão? X
HABITAR Com a conquista da moradia ou outra obra a qualidade de vida melhorou? X

 

GRUPO EDITORIAL: